O ano vai chegando ao fim e 2020 se aproxima. A mesa farta, com diversos pratos típicos, já é tradição em grande parte das famílias brasileiras. Amigos e familiares se reúnem para comemorar as festividades de final de ano,época em que carnes e aves se tornam a atração principal da ceia. Os cortes suínos ganham destaque pois, além de estarem em alta, não sofreram grande aumento nos preços, o que faz com que tenham presença garantida no momento da escolha do cardápio. De acordo com o professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (DZO/UFLA) Vinícius de Souza Cantarelli, atualmente os cortes de carne suína são tão magros quanto os de carne branca, como peixes e aves. “Além disso, é possível aproveitar diversos outros tipos de peças, como fraldinha e picanha, que, usualmente, são esquecidos”.

A carne de porco é a fonte de proteína animal mais consumida em todo o mundo. No Brasil, o estado de Minas Gerais é o que mais utiliza esse tipo de carne, que tem como característica o sabor diferenciado e marcante. “É tradicional usarmos leitoa, pernil e o lombo nessa época do ano, mas vale reforçar que é possível aproveitar diversos outros cortes suínos, que são saborosos e fáceis de preparar”, explicou Vinícius.

Atualmente a suinocultura busca atender às novas demandas do mercado. A meta é sempre produzir alimentos saudáveis e diferenciados, de modo a satisfazer as demandas dos consumidores. Diversas pesquisas científicas comprovam que a carne suína produzida atualmente no Brasil possui em média, 50% menos gordura do que a que era consumida há mais de 40 anos. O professor reforça que “hoje em dia a carne suína é uma alternativa barata e saudável e queutilizar a banha de porco, antes vista como vilã, já se tornourecomendação entre alguns profissionais da saúde”.

Segundo o site Suinocultura Industrial,o ano fechará em alta. O aumento das exportações e do consumo no mercado interno, influenciado pelas festas de fim de ano, ajudam os suinocultores. As projeções para a carne suína em 2020 são otimistas:  é previsto alta de 1% a 2,5% na produção, encerrando 2019 com estimativa em mais de quatro milhões de toneladas em cortes suínos.

Texto: Caroline Batista,  jornalista - bolsista Dcom/Fapemig

Imagens: Maik Ferreira - estagiário  Dcom/UFLA

Edição do Vídeo: Rafael de Paiva - estagiário Dcom/UFLA