Pesquisadores do Departamento de Ciências Florestais (DCF) criaram técnica rápida e precisa na definição da taxa ótima de corte das árvores

02 03 17

 

As maiores preocupações na gestão dos empreendimentos florestais dizem respeito ao momento exato do corte das árvores para se obter a melhor rentabilidade e a capacidade de produção sustentada da área florestal a médio e longo prazos. Atentos aos desafios, pesquisadores do Departamento de Ciências Florestais (DCF) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) criaram uma técnica rápida e precisa na definição da taxa ótima de corte das árvores. 

A pesquisa foi desenvolvida pelos doutorandos em Engenharia Florestal da UFLA Talles Lacerda, Thayane Carvalho, Isáira Lopes e pelo engenheiro florestal Aquilles Oliveira. Os estudantes foram agraciados no X Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação em Ciências Florestais, promovido recentemente pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. 

Orientado pelo professor do DCF Lucas Rezende Gomide, o trabalho intitulado “Método alternativo de definição da taxa volumétrica anual de corte via regressão” foi contemplado com menção honrosa na categoria manejo florestal. 

Para elaborar a nova técnica, pesquisadores usaram um método matemático, no intuito de obter a taxa volumétrica da área florestal ótima para corte das árvores, isto é, o melhor momento da derrubada. O procedimento foi ajustado a 70 cenários variados de
grandes plantações de eucalipto, com diferentes níveis de produtividade e idade da floresta.  Com o método inovador, a indústria contará com informações rápidas e precisas da taxa máxima de corte anual nos plantios, com base em dados presentes em um inventário florestal. 

Atualmente, o método tradicional utilizado para medir a taxa de corte da árvore é o Incremento Médio Anual (IMA), que mede o crescimento médio da floresta até a idade analisada. “Embora forneça boas informações, o IMA falha em relação ao volume exato da área florestal para corte para um conjunto de áreas ou talhões”, frisa Lucas Rezende Gomide.

Até então, segundo o professor do DCF, várias simulações que indicavam taxas de cortes de árvores foram elaboradas no mundo inteiro, mas não eram aplicáveis às florestas brasileiras.

Lucas Rezende Gomide esclarece que a taxa ótima de corte é vital para a produção sustentada da indústria madeireira. “Os plantios florestais precisam de um estoque regulatório ideal de produção; caso contrário, não se mantêm ao longo do tempo. Se é colhido mais do que a floresta produz de madeira por ano, a sua capacidade de produção fica comprometida com o passar do tempo, influenciando na compra de madeira pela indústria, cujo preço geralmente é mais alto”, esclarece.

Perdas

Os resultados do trabalho mostraram que o método tradicional inviabiliza o corte eficiente das áreas florestais, se comparado à nova técnica elaborada pelos pesquisadores da UFLA. Segundo dados da pesquisa, para o cenário avaliado, a empresa perde aproximadamente 12 mil metros cúbicos de madeira, ao adotar o IMA como referência.  “Equivale a 60 hectares perdidos e prejuízo de, em média, R$ 600 mil por ano”, afirmou o doutorando em Engenharia Florestal da UFLA Talles Lacerda.

Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig  

Edição do Vídeo: Mayara Toyama - bolsista Dcom/Fapemig

 

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