Uma oficina sobre astrofotografia realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi um espaço de aprendizado sobre o céu de Lavras. Ministrado pelo estudante de graduação Victor Hugo Amaral orientado pela professora do Departamento de Física Karen Luz, e a atividade mostrou como a observação e o registro de imagens celestes podem unir arte e ciência.
Durante sua palestra, a professora Karen destacou que o céu de Lavras apresenta baixa poluição luminosa em algumas regiões próximas ao centro, alcançando o índice 5,5 da escala bortle que classifica interferência da poluição luminosa; um valor considerado excelente para observações. Essa condição permite que, mesmo em áreas urbanas, seja possível visualizar estrelas e outros corpos celestes com clareza.
Victor enfatizou o papel científico das imagens capturadas por astrônomos amadores. Segundo ele, fotografias tiradas por cidadãos comuns podem se tornar dados valiosos para a pesquisa, registrando fenômenos em locais e momentos em que telescópios profissionais não estão operando.
Entre as imagens exibidas, chamou atenção uma fotografia da Nebulosa da Lagoa, registrada de Lavras, comparada lado a lado com uma imagem do Observatório Vera Rubin, no Chile, que utiliza tecnologia de 3.200 megapixeles. A comparação reforçou a qualidade das capturas realizadas localmente e a importância de projetos que incentivem a astrofotografia amadora.
Após a palestra, o público participou de uma observação astronômica com os telescópios da UFLA, contemplando aglomerados de estrelas nas constelações da Ema e do Homem Velho, tradicionais na cultura tupi-guarani, além de observar Plêiades e a estrela Deneb, na constelação da Anta.
Encerrando o encontro, foi lançado um QR Code para envio de fotografias astronômicas, que serão armazenadas pela UFLA e poderão integrar um futuro concurso de astrofotografia “Céu de Lavras”.
O evento marcou mais um passo na popularização da astronomia na cidade e reforçou o interesse crescente da comunidade acadêmica e local em explorar as belezas do universo a partir do próprio quintal lavrense.
A oficina foi realizada no dia 12/11, no Pavilhão I do Câmpus Lavras.