“A questão que minha mente formulou foi respondida pelo radiante céu do Brasil - Albert Einstein”

Einstein estava certo, e o projeto ‘Magia da Física e do Universo’, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), ensinou aos estudantes do 5º ano da Escola Municipal Álvaro Botelho sobre o experimento de comprovação da sua teoria da relatividade.

Por meio da contação de histórias, o grupo coordenado pela professora do Departamento de Física (DFI) Karen Luz Burgoa mostrou às crianças como a data de 29 de maio de 2019 é importante no cenário mundial, pois há exatos 100 anos, a cidade de Sobral (CE) atraía os olhares do mundo inteiro e entrava para a história. Foi a partir de um eclipse solar visto pelos céus daquela cidade que uma comitiva de cientistas ingleses comprovou a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein e mudou para sempre o modo de analisar o tempo e o espaço.

Com olhares atentos a tudo que era falado pela professora Karen Luz, as crianças aprenderam sobre o eclipse solar que pôde ser visto pelos céus do nordeste brasileiro em 1919. Elas tiveram oportunidade, ao fim da história, de interagirem com o grupo por meio de perguntas, e não deixaram passar a oportunidade de aprender mais sobre o acontecimento.

“Contar sobre o dia 29 de maio de 1919 para os estudantes é algo muito importante, pois em todos os meios de comunicação estão noticiando sobre o eclipse solar que aconteceu eturma 5 ano
m Sobral e como ele corroborou para a comprovação da Teoria da Relatividade. Por meio da história, podemos aproximar as crianças deste acontecimento e instigá-las a ter mais interesse sobre o universo, sendo uma maneira de marcar o que foi ensinado a eles, além terem a oportunidade de recontar a história para seus familiares e amigos”, explica a coordenadora do projeto Karen Luz.

Como tudo aconteceu

Em 1915, Albert Einstein anunciou a Teoria da Relatividade Geral, afirmando que a massa dos corpos deforma o espaço próximo a eles, de modo que o caminho da luz emitida por um astro, ao passar pela vizinhança deformada, deixa de ser uma linha reta e é desviada. Entretanto, esse feito só poderia ser testado por meio de um eclipse total do Sol, ao observar as estrelas que estivessem atrás/ao fundo dele. Para se comprovar a teoria, algumas expedições científicas partiram em busca de locais favoráveis à observação, seguindo previsões de eclipses.

A previsão do próximo eclipse apontava para sua ocorrência no dia 29 de maio de 1919. Estudos sinalizaram a cidade de Sobral, no Ceará, e a Ilha do Príncipe (África), como locais com condições geográficas favoráveis à observação, pois estavam na rota da sombra total causada pela ocultação do Sol pela Lua.

Pouco antes das 9 horas da manhã daquele dia 29 de maio de 1919, a cidade de Sobral viveu um de seus mais simbólicos dias: o eclipse solar total. A Lua começou a sobrepor-se ao Sohistoria Karen
l, encobrindo-o por completo ao longo de 5 minutos. Durante o fenômeno, várias fotografias foram tiradas sucessivamente pelos astrônomos ingleses a partir de câmeras acopladas a telescópios, registrando a posição das estrelas próximas à borda solar.

As estrelas, que normalmente estariam ofuscadas pelo Sol, puderam ser vistas e fotografadas. As 26 placas obtidas em Sobral com dois telescópios de tamanhos diferentes, registraram um total de 12 estrelas, das quais sete, visíveis em todas as placas, foram usadas mais tarde como referência para medir o ângulo de desvio da trajetória de seus feixes de luz. Na Ilha do Príncipe, onde o tempo ficou nublado, os ingleses só conseguiram aproveitar duas placas fotográficas.

Esse efeito, chamado deflexão da luz, faria com que as estrelas observadas fossem vistas em uma posição aparentemente diferente de sua posição real, comprovando assim a teoria de Einstein. Tal feito histórico teve grande repercussão na imprensa brasileira, europeia e dos Estados Unidos, transformando Einstein em celebridade mundial e abrindo novos horizontes para o conhecimento científico.

As fotografias originais obtidas pela equipe brasileira, assim como toda a documentação gerada a respeito do planejamento e realização dessa expedição e alguns instrumentos levados a Sobral estão sob a guarda do Museu de Astronomia e Ciências Afins e do Observatório Nacional.

Fonte: Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)

Reportagem: Greicielle dos Santos - bolsista Dcom/Fapemig

Edição do vídeo: Maik Ferreira  - estagiário  Dcom/UFLA 

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