Pesquisadores, professores, estudantes e produtores do país reuniram-se na Universidade Federal de Lavras (Ufla) na manhã desta terça-feira, dia 14, para a abertura do 10º Simpósio de Controle de Doenças e 5ª Reunião Brasileira sobre Indução de Resistência em Plantas. O evento disponibiliza resultados de pesquisas e debate temas relevantes sobre o manejo sustentável de doenças de plantas, contribuindo para a difusão de tecnologias, serviços e produtos desenvolvidos em instituições públicas e pela iniciativa privada.

Os eventos são realizados tradicionalmente a cada dois anos em sistema de rodízio pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Ufla e Universidade Federal de Viçosa (UFV). Na Federal de Lavras, a organização ficou sob a responsabilidade do Departamento de Fitopatologia (DPF) e do e Núcleo de Estudos em Fitopatologia (Nefit). Segundo o coordenador do evento, prof. Mario Lúcio Vilela de Resende, há uma grande preocupação entre os participantes de se buscar alternativas ambientalmente corretas e desenvolver tecnologias limpas para ativar as defesas das plantas e diminuir o uso de agrotóxicos e produtos que agridem a natureza.

Ainda de acordo com o prof. Mário Lúcio, o Brasil é hoje o maior consumidor de agroquímica do mundo, movimentando cerca de R$7 bilhões por ano. “No exterior a ciência da Indução de Resistência tem avançado muito, principalmente nos aspectos moleculares e bioquímicos. Temos que fortalecer essa área aqui no Brasil e propor alternativas para reverter esse quadro. Para isso, vamos conhecer durante este evento as pesquisas desenvolvidas na Inglaterra, Bélgica, Suíça, Holanda e nos Estados Unidos”, explica.

Para a coordenadora do programa de Pós-Graduação em Fitopatologia da Ufla, prof. Antônia dos Reis Figueira, os estudos vêm contemplar uma demanda da agricultura sustentável, baseada na diminuição de agrotóxicos na produção e na utilização de métodos mais eficazes de controle de doenças de plantas, aproveitando ao máximo suas resistências. “As doenças são as principais causadoras de perda no campo. Um sistema de defesa mais resistente possibilitará uma maior produção e, consequentemente, uma melhora na renda e qualidade de vida do homem do campo”.

Mais tecnologia, maior produtividade
 

A produção de alimentos no Brasil tem apresentado índices bastante favoráveis. No último ano, o país registrou um aumento de 10% em relação a 2008, o que representa cerca de 149 milhões de toneladas em alimentos. Mesmo com o registro de diminuição da área plantada, os investimentos em tecnologia compensaram este déficit, possibilitando a diminuição dos custos, incremento da produção e aumento da rentabilidade.

Parte deste impulso na economia de alimentos pode ser creditada ao controle de doenças e manejo de plantas que diminuíram significativamente as perdas no campo. Essa tendência reflete, também, no mercado externo. De acordo com o reitor em exercício da Ufla, prof. Elias Tadeu Fialho, as exportações de alimentos no Brasil movimentaram cerca de US$ 90 bilhões no último ano. “Estamos vivenciando um bom momento do agronegócio brasileiro que repercute em ganhos sociais, geração de emprego e renda e qualidade de vida”.

Para Fialho, a área de pesquisa tem contribuído de maneira decisiva para este crescimento. Só na Ufla, são desenvolvidos cerca de 1000 projetos diretamente relacionados ao sistema produtivo, tanto vegetal, quanto animal. Em 2009, foram investidos cerca de R$ 41 milhões de diversos órgãos de fomento do país, que possibilitaram uma melhor infra-estrutura para a realização das pesquisas e seu custeio operacional. “Temos consciência de que contribuímos e podemos contribuir ainda mais para melhorar esta realidade. As perspectivas futuras são bem otimistas, já que a Ufla passa por um intenso processo de expansão e transformação”.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA