As escolas do ensino básico são capazes de promover a equidade educacional e inclusão social? Um índice, proposto pelo professor da UFLA Ulisses Azevedo Leitão (DEX), contribui para encontrar respostas e subsidiar políticas nesse sentido. O professor apresenta as bases desse índice em artigo publicado na edição mais recente da revista Education Policy Analysis Archives.

No estudo, intitulado “Índice Social de Eficácia Educacional: Uma Nova Abordagem a Partir da Perspectiva da Promoção da Equidade”, o professor propõe um método de avaliação das escolas com base na análise da melhoria individual dos estudantes ao longo do tempo. O docente analisou os resultados de português (leitura) e matemática de mais de 11.700 estudantes (de escolas públicas e privadas), obtidos durante os quatro anos do ensino básico. Os dados permitiram acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem e diferenciar as escolas que possuíam um “perfil de inclusão” daquelas que têm um “perfil de exclusão”.

Foram encontrados diferentes comportamentos para as duas disciplinas analisadas: para o português, as escolas, em média, possuem um “perfil inclusivo”, ou seja, foram capazes de recuperar alunos que apresentavam baixa proficiência nos primeiros anos.

Para a matemática, no entanto, o resultado encontrado foi que as escolas são mais eficazes com os alunos que já apresentavam altos níveis de proficiência: estudantes com uma proficiência inicial alta progrediram mais em seu aprendizado nessa disciplina, indicando um aumento na desigualdade.

“As escolas brasileiras recuperam os alunos que chegam com baixo rendimento em português, diminuindo a desigualdade educacional. Em matemática, no entanto, ocorre o contrário”, aponta o professor.

Apesar da simplicidade do índice, a argumentação favorável à sua adoção é que ele considera a evolução do estudante ao longo do tempo. Dessa forma, a metodologia avalia a eficácia de uma escola independentemente do contexto socioeconômico em que está inserida.

Para o estudo, o professor Ulisses utilizou dados coletados pelo projeto Geres, que monitorou a proficiência nas duas disciplinas, entre 2005 e 2008, de estudantes de 5 cidades. O professor analisou dados de 272 escolas de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA).

A revista Education Policy Analysis Archives possui conceito Qualis/Capes A para a área de educação e o artigo pode ser visto no link: http://dx.doi.org/10.14507/epaa.v23.1915.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



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