Um pellet de apenas seis centímetros pode parecer pequeno, mas concentra muito mais do que energia: significa sustentabilidade, agregação de valor e novas perspectivas econômicas. O que parece quase mágica é, na verdade, o resultado da dedicação da equipe do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Lavras (UFLA ), que pesquisa a conversão energética de resíduos agroflorestais. O projeto é coordenado pelo professor e pesquisador Thiago Protásio. 
  
O processo começa simples: a casca do café, por exemplo, que antes era apenas um resíduo, passa por moagem, secagem e compactação, ganhando a forma de pequenos cilindros chamados pellets. Essa transformação concentra o poder energético da biomassa, facilitando o transporte, o armazenamento e o uso como combustível renovável. Mais do que uma alternativa à lenha e aos combustíveis fósseis, os pellets representam uma maneira prática de gerar energia limpa, agregando valor ao que antes era descartado. 
  
A pesquisa também se estende a outros resíduos, como serragem e restos de madeira, que podem ser transformados em briquetes e carvão vegetal. Entre os avanços recentes está a aquisição de um equipamento para pirólise, que deve chegar ainda esse mês, que permite transformar biomassa em energia de forma mais eficiente e sustentável, ampliando as possibilidades de uso energético. A nova tecnologia adquirida com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) na ordem de US$ 154.000,00. Técnicas como essa mostram que a biomassa tem potencial para integrar a matriz energética não apenas de Minas Gerais, mas de todo o País. 
  
O professor responsável pelo projeto lembra que a trajetória é de longo prazo, com estudos iniciados há mais de de anos, agora fortalecidos pela sua atuação como docente da UFLA. O trabalho ganhou novo fôlego em 2024, com o apoio da Fapemig e gestão da Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural da UFLA (Fundecc), no valor de R$ 1,4 milhão até agora. O recurso possibilitou equipar a laboratórios do setor de Ciências e Tecnologia da Madeira do Departamento de Ciências Florestais com diversas novas máquinas. Hoje, 80% do projeto já está concluído. 
  
Além de gerar resultados práticos, a pesquisa também entra em sala de aula: a partir de 2025, a temática será incluída como no curso de Ciências Florestais da UFLA, formando profissionais já capacitados para atuar com energias renováveis. O componente curricular foi denominado “Compactação da Biomassa Lignocelulósica”. 
  
Mais do que ciência aplicada, Protásio destaca o amor pelo projeto, que vê a biomassa como oportunidade de unir inovação, sustentabilidade e desenvolvimento. “Esse não é apenas um estudo acadêmico. É uma contribuição real para diversificar a matriz energética, reduzir impactos ambientais e gerar alternativas econômicas para o agronegócio brasileiro.” 

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRPI para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA