Assunto será tema do 18º Simpósio de Manejo de Doenças de Plantas, que será realizado na próxima semana na UFLA.

O aumento da população mundial fez com que o agronegócio tenha se tornado uma das áreas que mais se desenvolveu nos últimos anos. No Brasil, dados da Conab indicam que, entre as safras 1990/1991 e 2016/2017, a produção de grãos aumentou 310%, chegando a 237,7 milhões de toneladas na última safra, um recorde histórico. O setor é responsável por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) e gera emprego e renda a milhares de famílias.

As descobertas científicas levaram ao homem do campo grande potencial para as suas lavouras. Por meio de ciências como a Biotecnologia foi possível controlar doenças em plantas de forma eficaz, aumentando a produtividade sem causar danos ambientais, e tornando possível a introdução de novas culturas em áreas antes não cultiváveis.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), “a biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”.  O professor Jorge Teodoro de Souza, do Departamento de Fitopatologia da UFLA, comenta: “na Universidade, nosso foco é desenvolver microrganismos que controlem doenças em plantas. Usamos um microrganismo para controlar outro”.professor Jorge fitopatologia

Em laboratórios, os pesquisadores desenvolvem agentes de controle biológico, que são microrganismos usados para controlar doenças de plantas. “No campo há, por exemplo, patógenos de solo que atacam as raízes de plantas. Nós desenvolvemos agentes de controle biológico, que podem ser outros fungos ou uma bactéria, e colocamos esses agentes na raiz, impedindo que aquele microrganismo maléfico se desenvolva,”, explica Jorge.

Na UFLA, as pesquisas do departamento de Fitopatologia englobam diversos fungos e bactérias, com destaque para o Trichoderma, muito empregado em culturas como a de soja, cana e algodão. “Este é um fungo fácil de produzir, ele cresce facilmente em laboratório. O Brasil, inclusive, é o maior produtor de Trichoderma do mundo; são milhões de hectares onde se aplica  o Trichoderma no campo”, enfatiza o professor. Conforme o pesquisador, no cultivo da soja, o Trichoderma é aplicado no solo para combater outro fungo, o Sclerotinia sclerotiorum, causador da doença conhecida como mofo branco, que pode causar uma grande perda a essa cultura.

Outra linha de pesquisa desenvolvida pelo especialista usa fungos para aumentar o tempo de prateleira de frutas como, por exemplo, o morango. “Quando vamos ao supermercado, notamos que o morango é uma fruta que perece muito rápido. Então, nós colocamos um fungo no morango e ele vai combater aquele que prejudica a fruta. Com isso, o morango dura ali mais dias.”

O uso da biotecnologia é bem amplo, conforme o professor Jorge ilustra: “além do desenvolvimento de novos produtos de controle biológico, também usamos técnicas moleculares para analisar o DNA ou o RNA de patógenos e, assim, entender como eles atuam, para saber como os agentes de controle podem matá-los”.

Para falar sobre a biotecnologia aplicada à Fitopatologia, a UFLA recebe na próxima semana, de 12 a 14 de novembro, palestrantes nacionais e internacionais que participarão da 18ª edição do  Simpósio de manejo de Doenças de Plantas, evento já tradicional na universidade, que traz, a cada ano, o compartilhamento de  temas atuais sempre aplicados à Fitopatologia.

Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista - bolsista Dcom/Fapemig

Edição do Vídeo: Rafael de Paiva / Maik Ferreira - bolsistas DCOM 

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



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