Aliar desenvolvimento econômico com auto-sustentabilidade, geração de emprego e renda e desenvolvimento social. Metas que até pouco tempo poderiam parecer utópicas, mas hoje em dia estão mais próximas da realidade. Essa nova tendência vem ao encontro de se repensar as maneiras de como o homem tratou o planeta até os dias atuais. O mundo pede socorro e uma das saídas está na busca de fontes alternativas de energia, de modo que a poluição e o desmatamento sejam eliminados do cotidiano. O biodiesel aparece como uma das maneiras de amenizar essa grave situação: um combustível biodegradável, derivado de fontes renováveis, produzido a partir de diversas espécies vegetais, como a mamona, palma, girassol, babaçu, macaúba, amendoim, pinhão manso e soja, entre outras.

Seguindo essa tendência de se estudar o chamado “ouro verde do futuro”, a Ufla desenvolve várias linhas de pesquisa, sob a coordenação dos professores Pedro Castro Neto, do Departamento de Engenharia (DEG) e Antônio Carlos Fraga, do Departamento de Agricultura (DAG). São 18 projetos, realizados em parceria com diversas instituições, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Casa Civil da Presidência da República, Petrobras Biocombustível, Finep, Embrapa, CNPQ, Fapemig e Sebrae. Os trabalhos se concentram na cadeia produtiva do biodiesel, com a análise de todo o processo de extração, purificação, produção e utilização do produto. “Buscamos basear nossos trabalhos nas demandas existentes no dia a dia, com questões bem objetivas, tratando da auto-sustentabilidade e do desenvolvimento econômico e social”, afirma Fraga.

De acordo com o professor Fraga, atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor de Biocombustível do mundo. Em 2005, foi regulamentado decreto do governo federal que estabeleceu a obrigatoriedade de se adicionar ao diesel pelo menos 2% de biodiesel. Em julho deste ano este índice subiu para 4% e, em 2010 serão 5%. “Com esse índice, vamos praticamente nos igualar aos países da Europa que ano que vem terão uma mistura de 5,75%. Daí a importância de estarmos sempre pesquisando e buscando alternativas para aumentar e aperfeiçoar a produção do biodiesel”.

Para o professor Pedro Castro Neto, a produção de bicombustível representa não só o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, mas, também, um grande impacto social. Segundo ele, a Petrobras está investindo em Usinas de Biodiesel que estão sendo instaladas em região menos favorecidas. Uma delas foi inaugurada recentemente em Minas Gerais, na cidade de Montes Claros. “Esse combustível renovável permite a economia de divisas com a importação de petróleo e óleo diesel. Também reduz a poluição ambiental e gera alternativas de empregos em áreas geográficas menos atraentes, promovendo a inclusão social e gerando riqueza no campo com as plantações de oleaginosas para a produção do biodiesel”.

Um passo a frente

A Ufla sai na frente e cria o primeiro Laboratório de Óleos e Biodiesel criado dentro de uma instituição de ensino superior. O novo espaço, que está sendo construído no campus da Universidade, está previsto para ser inaugurado em breve e vai representar um avanço nas pesquisas, com o suporte de equipamentos de última geração e de um laboratório para avaliar a qualidade e eficiência dos produtos.

O local contará com um amplo trabalho de produção de tecnologia para a produção de matéria prima utilizada na fabricação do biodiesel. Segundo Fraga, a idéia é juntar várias linhas de pesquisa em um único espaço, promovendo uma intensa interação entre as áreas de conhecimento agrícolas desenvolvidas na Ufla. “Trabalhamos atualmente com projetos desenvolvidos em várias cidades do país. Com esse laboratório, pretendemos dinamizar todo o processo de produção do óleo, estimulando, inclusive, a plantação de oleaginosas durante o inverno e verão”.

Ainda de acordo com Fraga, o laboratório foi concebido através do conceito de ecoeficiencia, ou seja, parte do princípio de que tudo pode ser aproveitado e reutilizado. “A filosofia do trabalho é o resíduo zero. Tudo está sendo pensado para aproveitarmos ao máximo os recursos que dispomos naturalmente. A construção do laboratório já foi pensada nesta perspectiva, usando telhas especiais para explorar a luz solar e reduzir o consumo de energia elétrica, bem como sistema de circulação de ar para ventilação do espaço e uma rede para coletar a água da chuva que será tratada e utilizada em nossos experimentos”, finaliza.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA