“Nas rodovias que cortam o Brasil, é muito comum encontrar animais silvestres atropelados. Alguns, de espécies ameaçadas de extinção. Para diminuir esse perigo, tanto para os bichos quanto para as pessoas que usam as estradas, existem pesquisas em andamento”. Essa foi a abertura da notícia divulgada no Jornal Nacional, na sexta-feira (1º de agosto), que destacou o programa desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Na reportagem, o professor Alex Bager, do Departamento de Biologia (DBI/UFLA), enfatiza a importância do Programa: “Nós trabalhamos em pequena escala tentando resolver o problema local indicando aonde botar uma medida de mitigação, aonde botar um túnel, aonde botar uma proteção e trabalhamos em macro escala interferindo em políticas públicas. Onde pode aprimorar a implantação de rodovias para reduzir esses impactos tanto pra biodiversidade quanto para o aspecto social e econômico”, diz.

Professor Alex Bager destaca medidas de mitigação para redução de morte de animais em estradas brasileiras

O Jornal Nacional divulgou o Sistema Urubu, destinado ao monitoramento da fauna atropelada no País, sediado no Laboratório de Estudos em Manejo Florestal da Universidade Federal de Lavras (Lemaf/UFLA). O aplicativo para celular “Urubu Móbile”, do Projeto Malha, permite aos usuários de smartphones auxiliar no monitoramento e na preservação da fauna selvagem brasileira. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente no Google Play.

O Programa

Segundo estimativas do CBEE, no Brasil são atropelados mais de 400 milhões de animais selvagens por ano, o que representa aproximadamente 15 animais a cada segundo, prejudicando toda a fauna brasileira e podendo levar as espécies à extinção. Isto ocorre à medida que as rodovias invadem os habitats naturais desses animais.

Com o novo aplicativo, os usuários poderão fotografar animais atropelados nas estradas do país e encaminhar o material ao CBEE, para que os especialistas possam identificar a espécie e reunir informações sobre as regiões de maior incidência de atropelamentos e as espécies mais atingidas. Todas as fotos registradas serão vinculadas à posição geográfica em que se encontra o usuário, obtida por meio do GPS.

O Projeto Malha visa reduzir os impactos ambientais causados pelas rodovias e ferrovias relacionados a atropelamento de fauna selvagem, ajudando na estruturação do Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS), além de reunir grupos de pesquisa e a comunidade brasileira para identificar as áreas consideradas mais críticas. A partir das informações geradas com o uso do aplicativo, será possível a proposta de soluções para a proteção da fauna, como a instalação de telas, a construção de túneis subterrâneos às estradas ou túneis para a circulação dos automóveis, que deixem área verde livre para o trânsito de animais.

Em breve será lançada uma versão do Urubu Móbile, com maiores funcionalidades, destinada especialmente a pesquisadores, consultores e aqueles que fazem amostragens sistemáticas de monitoramento de fauna atropelada. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mailcbee@dbi.ufla.br.

Para a realização do download, basta acessar o link https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.brainweb.tetra.ufla.urubu.

Assista à reportagem do Jornal Nacional

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA