Cibele Aguiar

A ferrugem do cafeeiro (H. Vastatrix) nunca deixou de ser uma ameaça à cafeicultura no Brasil, embora existam formas alternativas de convivência com a doença. Uma destas alternativas é o uso de cultivares resistentes à doença. Porém, descobertas recentes na Índia indicam que as fontes de resistência da maioria das variedades tornaram-se susceptíveis nos últimos anos, representando uma ameaça para as cultivares derivadas destes híbridos. Além disso, surgem com frequencia novas raças de ferrugens, com potencial superior de virulência e agressividade. Assim, existem alguns desafios ao Brasil: Qual será a capacidade de ataque destas novas raças em lavouras brasileiras e o quanto as cultivares desenvolvidas conseguirão manter uma resistência duradoura?

5 9 11Depois de fazer uma apresentação no VII Simpósio Brasileiro de Pesquisas dos Cafés do Brasil, em Araxá, o pesquisador do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC- Portugal), Vítor Várzea, fez uma apresentação na sede da Unidade Sul de Minas da Epamig, em Lavras, para pesquisadores e estudantes que se dedicam ao tema. Também visitou o setor de cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em especial o Polo de Excelência do Café, acompanhado do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Magno Patto Ramalho e do pesquisador da Epamig, Antônio Alves Pereira, o Tonico, uma das referências brasileiras no desenvolvimento de cultivares resistentes à ferrugem.

Na Epamig, a apresentação de Vítor Várzea teve o objetivo de incentivar o debate sobre os novos desafios da doença, reforçando a necessidade de interação entre as instituições brasileiras e o CIFC para se buscar uma estratégia de convivência com este inimigo que continua como uma forte ameaça os cafeeiros. Em sua explanação, o pesquisador ressaltou a vulnerabilidade do cafeeiro à ferrugem, o que exige uma estratégia conjunta de defesa para desvendar a forma como as novas raças se originam, bem como os aspectos envolvidos na perda de resistência à doença. Entre os participantes da reunião, o professor do Departamento de Fitopatologia da UFLA, Mário Sobral. 

O pesquisador do CIFC reforçou a necessidade de um trabalho conjunto para que sejam identificados os genes de virulência das raças locais, assim como a capacidade de desenvolvimento de novas raças no Brasil. O conhecimento de novas raças poderá orientar novas fontes de resistência. “A ferrugem tem uma capacidade tremenda de sobrevivência e de mutação para atacar o cafeeiro”, sinaliza o pesquisador, lembrando  que a pesquisa deve estar atenta aos novos desafios, mesmo que seja para encontrar uma maneira eficiente de conviver com a doença.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA