A Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) obtiveram a concessão de patente para uma geleia de guapeva (Pouteria cf. Guardneriana Radlk) que utiliza o albedo de maracujá como substituto da pectina comercial. Embora a pectina seja um composto natural, a versão comercial amplamente utilizada na indústria alimentícia passa por um processo de extração e purificação que pode torná-la mais cara. Por isso, pesquisadores têm buscado alternativas mais acessíveis e sustentáveis. 

O projeto foi coordenado pela professora Glêndara Aparecida de Souza Martins, da UFT, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, com a participação da professora Elisângela Elena Nunes Carvalho, do Departamento de Ciência dos Alimentos da UFLA, e do professor Antônio Alves de Melo Filho, da UFRR.

A inovação se destaca por unir ingredientes regionais e sustentabilidade. A guapeva, fruto típico do cerrado brasileiro, que pode ser encontrado em regiões da Amazônia, é combinada ao albedo do maracujá — parte esbranquiçada e fibrosa da fruta, geralmente descartada —, aproveitado aqui como agente gelificante natural, que dá a consistência gelatinosa e espessura à geléia. Além de reduzir custos, o uso desse subproduto contribui para o reaproveitamento de resíduos da indústria alimentícia.

Rica em fibras, antioxidantes e vitamina C, a geleia representa uma alternativa saudável e funcional, com potencial para agregar valor a frutos sazonais e pouco explorados comercialmente, atendendo à demanda por alimentos mais sustentáveis e de menor impacto ambiental.

A patente, protocolada em março de 2020, foi concedida em janeiro de 2025, sob o número BR 10 2020 005597-6, e reflete o compromisso das universidades envolvidas com a ciência aplicada à promoção de soluções sustentáveis e à economia circular. A colaboração entre as instituições se consolida como um exemplo de como a pesquisa pode gerar impactos positivos para diversas indústrias.

“O albedo pode ser utilizado como substituto da pectina, que é  utilizada pela indústria alimentícia como estabilizante e geleificante em doces, geleias, produtos lácteos e de panificação, entre outros. Pode ser também utilizado na indústria cosmética e farmacêutica, por exemplo,” comenta a professora Elisangela.

Papel da Diretoria de Inovação Tecnológica

A Diretoria de Inovação Tecnológica da UFLA (Dintec), atuando como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), desempenha um papel fundamental na gestão da política de inovação da Instituição. Suas atribuições incluem a proteção da propriedade intelectual e a transferência de tecnologia, conforme estabelecido pela Lei de Inovação (Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004).

No caso específico da patente concedida para a geleia de guapeva com albedo de maracujá, a Dintec está empenhada em identificar e estabelecer parcerias com empresas interessadas em produzir e comercializar essa inovação, uma vez que o próximo passo é obter a transferência da tecnologia, por meio de  uma empresa que se interesse pela produção dessa inovação.

Essa iniciativa visa não apenas à disseminação da tecnologia desenvolvida, mas também à promoção de soluções sustentáveis e à valorização de subprodutos da indústria alimentícia. Os interessados na compra ou no licenciamento desta tecnologia, ou em obter mais informações, podem entrar em contato com a Diretoria de Inovação e Tecnologia da UFLA (Dintec) pelos endereços eletrônicos pi.transferencia@ufla.br e dintec.prpi@ufla.br, ou pelo telefone (35) 3829-4507.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA