Queridinha das celebridades e em alta quando o assunto é vida saudável, a Kombucha tem conquistado muitos adeptos no Brasil. A bebida probiótica milenar teve origem provável na China, e sua fama como “elixir da longa vida ou da saúde” ganhou o mundo.

Buscando a comprovação científica dos benefícios da Kombucha para a saúde, o Núcleo de Estudos em Fermentações (Nefer), do setor de Microbiologia Agrícola da Universidade Federal de Lavras (UFLA), tem realizado pesquisas com a Kombucha: “apesar de ser uma bebida muito utilizada na China e em outros países, ainda não há muitos dados científicos sobre ela, ” comenta a professora Rosane Freitas Schwan, coordenadora do núcleo e orientadora dos estudos que começaram há três anos.

A Kombucha é uma fermentação realizada a partir de chás, preferencialmente o chá verde ou preto, da planta Camellia sinensis, que são adicionados a uma simbiose de leveduras e bactérias que formam uma camada de matriz polissacarídica, chamada de SCOBY, sigla em inglês para Symbiotic Culture of Bacteria and Yeast. Esses microrganismos proporcionam um sabor diferente ao chá fermentado, tornando-o ácido e um pouco gaseificado.

Como tradicionalmente a bebida é feita com infusões do chá verde ou preto, a pesquisa da UFLA tem como intuito avaliar a microbiota presente quando se utiliza outros chás para a fermentação: “testamos o chá branco, o crisântemo, a hortelã, o alecrim, o manjericão, o hibisco e outros tipos de vegetais que podem ser fermentados por essa simbiose. ”

A especialista destaca que as propriedades terapêuticas da Kombucha dependem dos chás que são fermentados. “É uma bebida que tem sido muito utilizada como energético, mas ainda precisa de estudos para comprovar esses efeitos. ”

Outra pesquisa que tem sido realizada com a Kombucha é a do doutorando Paulo Sérgio Pedroso Costa Júnior. “A minha tese tem como objetivo testar diferentes tipos de fermentações e formulações distintas de chás para verificar a qualidade nutricional da Kombucha, a padronização do tempo de fermentação e o do tamanho do scoby, ” comenta Paulo.

Para a professora Rosane Schwan, trabalhar com fermentações espontâneas é sempre um desafio: “nosso núcleo sempre busca inovação nessas fermentações; por isso, nossas pesquisas continuam. ”  Além da fermentação com Kombucha, outros trabalhos desenvolvidos pelo setor utilizando Kefir, Cacau e Café serão em breve publicados em nossa página.

 

Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista - bolsista Dcom/Fapemig

Edição do Vídeo: Luíz Felipe Souza Santos -  bolsista Dcom/UFLA  

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



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