O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo. Em comparação aos outros países; o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking de consumo per capita da bebida, conforme pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Em Minas Gerais, a espécie Coffea arábica é responsável por fazer do estado o maior produtor do País. A produção nacional estimada este ano é de 45,9 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já a Coffea canephora, cuja variedade mais conhecida é o conilon e o robusta, é muito comum em lavouras do Espírito Santo, Rondônia e Bahia, e a produção nacional estimada para 2018 é de 13,9 milhões de sacas
As diferenças entre as duas espécies são visíveis nas plantas, como explica o doutorando Thales Barcelos Resende, do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf). “ Há diferenças morfológicas das plantas; o conilon, por exemplo, possui multicaules, e suas folhas são maiores e mais onduladas, diferentemente do café arábica. ” Outra diferença apontada pelo pesquisador é em relação ao sabor. Por ter um maior teor de cafeína, o canephora possui um sabor mais amargo, sendo muito utilizado pela indústria em blends, e também para fabricação do café instantâneo.
Mesmo sendo comercializado em valores menores do que o arábica, o conilon tem sua marca na cadeia produtiva do café e, se você não conhece um canephora, confira o vídeo abaixo.
Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista - bolsista Dcom/Fapemig
Edição do Vídeo: Rafael de Paiva - estagiário Dcom/UFLA