Você provavelmente já ouviu falar do Kefir, cuja origem provável é atribuída às montanhas do Cáucaso, região de fronteira entre os continentes europeu e asiático. A partir dos grãos de Kefir é produzida uma bebida fermentada que se popularizou no mundo todo, inclusive no Brasil. “Temos o Kefir de água e o de leite. Para o de leite, usa-se como substrato o leite integral; para o de água, utiliza-se água e açúcar mascavo, que é um açúcar geralmente menos processado”, explica Maysa Lima Parente Fernandes, doutoranda em Microbiologia Agrícola da UFLA.

O Kefir é um conjunto de microrganismos vivos, bactérias e leveduras que formam simbiose e vivem em prefeita harmonia, produzindo substâncias que são conhecidas como probióticos, que são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro. Porém seu consumo deve ser feito com cautela por algumas pessoas, conforme explica a pesquisadora: “o Kefir mantém o equilíbrio da microbiota intestinal (flora intestinal). Porém, pessoas que possuem algum tipo de deficiência no sistema imunológico devem evitar consumir o kefir, já que elas possuem uma carga microbiana menor e, quando se introduz uma grande quantidade de microrganismos no corpo, pode ser que isso provoque um desequilíbrio intestinal nessas pessoas”. De acordo com Maysa, as pessoas com intolerância à lactose podem optar por consumir o kefir de água.

Os grãos de kefir se multiplicam muito rápido e, por isso, o costume é doá-los. Assim, o uso de probióticos caseiros foi se multiplicando mundo a fora. Algumas pessoas acreditam que ele emagrece, porém a doutoranda esclarece: “não há nenhuma comprovação científica disso, mas, por ser uma bebida energética, o Kefir proporciona certa saciedade em quem o consome. Também é possível elaborar uma bebida gaseificada feita com o kefir de água para substituir o refrigerante e ajudar em alternativas saudáveis de consumo”.

A ciência ainda tenta descobrir muitas coisas sobre o Kefir e, na UFLA, a professora Rosane Freitas Schwan, juntamente com o Núcleo de Estudos em Fermentações (Nefer), tem estudado o Kefir há cerca de 10 anos. “Realizamos pesquisas com grãos de Kefir, examinando a microbiota desses grãos tanto de água quanto de leite. Além de produtos à base de Kefir que já surgiram de nossos estudos, avaliamos também, dentre os microrganismos presentes nesta fermentação, quais seriam potencialmente probióticos, o que seria uma facilidade na hora de comercialização.”

De acordo com a professora, além de ser agradável ao paladar, o kefir promove muitos efeitos benéficos, através da renovação da microbiota intestinal, podendo inclusive absorver toxinas provocadas por outros microrganismos. Os estudos realizados pelo Nefer têm contribuindo para conhecer a constituição química e o processo fermentativo das bebidas fermentadas consumidas no Brasil.

Reportagem e imagens: Karina Mascarenhas, jornalista - bolsista Dcom/Fapemig

Edição dos Vídeos: Rafael de Paiva  - estagiário  Dcom/UFLA  / Luíz Felipe Souza Santos -  bolsista Dcom/Fapemig 

 

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



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