Caiu um dogma. Não se pode mais dizer que os diabéticos devem ficar longe de qualquer tipo de açúcar. Devem, sim, ficar longe dos açúcares que atravessam rapidamente as paredes do intestino e se acumulam no sangue como a glicose, molécula essencial para qualquer organismo produzir a energia necessária para se manter.

Pesquisadores do Instituto de Botânica de São Paulo e da Universidade Federal de Lavras (Ufla) extraíram do capim-favorito – uma gramínea que cresce à beira de estradas – um tipo específico de açúcar chamado betaglucano, que pode ter um efeito benéfico: diminuir a quantidade de glicose da corrente sangüínea, como demonstraram experimentos realizados com ratos.

O betaglucano participa da composição de fibras como capins, cana, arroz, trigo e milho ou nos cereais, a exemplo da aveia, da cevada e do centeio, em teores que variam de 1% a 7%. Já o arabinoxilano é um tipo de açúcar mais abundante, variando de 20% a 30%.

Com até 30 centímetros de altura – o capim-favorito, tem flores púrpura e folhas curtas e avermelhadas, quando estão sob o sol contínuo, ou verdes como as da cana-de-açúcar, mais largas e estrutura fechada ou anel, diriam os especialistas, com seis carbonos. Quando isolado, é um açúcar solúvel em água quente, formando uma solução transparente; em interação com outras moléculas, o betaglucano forma partículas em suspensão.

O prof. Raimundo Vicente de Souza, do Departamento de Medicina Veterinária é um dos responsáveis pelo desenvolvimento das pesquisas, que conseguiram purificar as frações de betaglucano, cujo efeito se tornou evidente em um experimento com quatro grupos de ratos mantidos no laboratório da Universidade de Lavras.

Para os pesquisadores, esses resultados sugerem também que os betaglucanos ou alguns de seus fragmentos atravessem as paredes do intestino e sejam absorvidos durante a digestão de gramíneas e cereais, controlando dessa forma a quantidade de glicose que chega ao organismo após a comilança de pão, bolo ou chocolate.

Outra idéia, igualmente sujeita a confirmação, é que esse açúcar consiga agir de modo indireto, ativando a produção de insulina ou mesmo as moléculas desse hormônio que já circulam no sangue.

Fonte: Revista Pesquisa Fapesp – www.revistapesquisa.fapesp.br

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

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