Treinamento realizado na UPA Lavras para inclusão de novo teste de diagnóstico da leishmaniose visceral.

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) avança nas ações que vêm sendo realizadas desde 2013 para combate à Leishmaniose Visceral no município. A instituição, em parceria com a Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFMT), teve um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig) em edital Universal. Os dois principais objetivos da proposta são a implantação de um novo método para diagnóstico rápido da doença, aliado ao desenvolvimento e teste de um aplicativo desenvolvido pela UFTM que tem a função de ajudar as equipes de saúde na agilidade desse diagnóstico.

Por já ter registrado cinco casos de leishmaniose visceral em humanos, com uma morte, o município de Lavras é um dos que estão incluídos nas ações do projeto, por meio da inserção da UFLA. Em março, a professora Luciana Teixeira, coordenadora do projeto na UFTM, visitou Lavras para o início das atividades. Com o apoio da Fiocruz, foi realizada uma capacitação para médicos e enfermeiros, com o propósito de discutir o tema leishmaniose visceral, apresentado os números da doença e um novo aplicativo desenvolvido – o LeishCare – que tem a funcionalidade de compartilhar informações sobre diagnóstico, casos em tratamento, discussões clínicas, notificações e outras informações relacionadas à leishmaniose visceral.

 

Houve também um treinamento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para inclusão, na rotina, do teste diagnóstico desenvolvido por meio do projeto. Esse novo recurso está sendo testado em parceria com a UFLA, para que se consiga rastrear mais rapidamente os casos suspeitos. Além de Lavras, estão incluídos no projeto os municípios de Porteirinha, Paracatu e Montes Claros (com participação da Unimontes). Em todos eles houve capacitação das equipes de saúde e ocorre também o acompanhamento dos casos por meio do novo teste e do aplicativo proposto pelo projeto. 

Médicos e enfermeiros passaram por capacitação e assistiram à apresentação do aplicativo Leish-care.

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é a forma mais grave da doença e, se não for diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir para o óbito. A UFLA desenvolve, por meio do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar), pesquisas e ações de extensão relacionadas à Leishmaniose há mais de cinco anos, com o intuito de diagnosticar, controlar e combater esta que é considerada uma das mais importantes doenças parasitárias do mundo.

Sob coordenação da professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Joziana Muniz de Paiva Barçante, a atuação da UFLA no combate às leishmanioses tem o envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação, bem como a parceria contínua com a Vigilância Ambiental e Epidemiológica do município. No histórico das ações estão: a identificação de cães infectados; orientações aos proprietários e comunidade; instalação de armadilhas em residências para detectar a presença do inseto transmissor; diagnóstico e acompanhamento dos casos humanos, além de ações de educação em saúde e palestras nas escolas. As ações são reforçadas pelas divulgações do projeto Minuto da Saúde, que leva à sociedade o conhecimento da área da saúde gerado na academia, também com o apoio da Fapemig.

 

Equipe do Projeto (da esq. p/ dir.): Richardson (chefe da Vigilância Epidemiológica); profª. Joziana (coordenadora dos projetos da UFLA com Leishmaniose); profª. Luciana (coordenadora geral do Projeto na UFTM); Reginaldo (chefe da Vigilância Ambiental de Larvas); Edward (pesquisador da Fiocruz); profª. Monique (DSA) e Priscila (UFTM).

O LeishCare e o teste rápido DAT, desenvolvidos pelo projeto liderado pela UFTM, somam forças às inúmeras ações já desenvolvidas pela UFLA e que hoje já se estendem para outras cidades, como Ribeirão Vermelho, onde uma estudante de pós-graduação investiga atualmente o estado epidemiológico da doença, considerando-se já ter havido no local o registro de cães com resultado positivo para a doença e existência do inseto transmissor.

A parceria da UFLA com as outras entidades ligadas ao projeto reforça ainda mais o controle da leishmaniose não somente no Estado, mas serve também como parâmetro de controle da doença em todo o território nacional.

Apuração e texto com a colaboração de Grazielle Moreira, jornalista (Projeto DCOM/TVU/Fapemig)

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



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