O livro refere-se ao registro da experiência de ensino e aprendizagem que teve como valores e princípios a construção de sentidos sobre o componente curricular da disciplina de filosofia da educação, uma vez que os estudantes perceberam a presença dos conhecimentos filosóficos nas práticas pedagógicas e compreenderam sua importância para a formação docente. Dessa experiência fez parte a construção e desenvolvimento do projeto de pesquisa coletivo nomeado “As práticas pedagógicas como problema filosófico”, que os organizadores tornaram público como forma de incentivar outras experiências que possam somar-se a esse movimento de valorização do elo pedagógico mediado pela pesquisa (produção de conhecimento significativo), na perspectiva filosófica.

De acordo com os organizadores, Carlos Betlinski, Dalva de Souza Lobo e Livia Maria Ribeiro Rosa, esse elo pedagógico passa pela autoridade do professor-pesquisador e pela compreensão do estudante como sujeito produtor de seu conhecimento e de sentido daquilo que aprende. No caso do projeto desenvolvido, os estudantes puderam construir sentidos para a aprendizagem de filosofia da educação e da pesquisa vinculados à sua formação profissional, que passa necessariamente pela questão de saber conduzir as práticas pedagógicas reiteradas pela construção de projetos educativos com os quais a filosofia, desde seus primórdios, especialmente com Sócrates, tem uma relação de interdependência.

Na obra, destaca-se que o ensino de filosofia nos cursos de licenciaturas, na perspectiva da pesquisa, coloca-se como uma possibilidade inovadora para docentes e discentes e que, por meio da prática de uma pedagogia não diretiva que tem como princípios a aprendizagem colaborativa, o diálogo, a autonomia e a curiosidade científica, é possível a construção de uma nova relação entre professores e estudantes.



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