Banco de Germoplasma de Hortaliças Não Convencionais: azedinha. (imagem: Luis Felipe Lima e Silva, 2013).

Hortaliças como o açafrão-da-terra, o gengibre e a taioba fazem parte de um grupo de mais de 35 espécies que estão sendo cultivadas e mantidas no Banco de Germoplasma de Hortaliças Não Convencionais, implantado no setor de olericultura da UFLA no primeiro semestre de 2013. O projeto é coordenado pela professora Luciane Vilela Resende e pelo agrônomo e aluno de doutorado Luis Felipe Lima e Silva, com a colaboração de estudantes de nível médio (assistente técnico à pesquisa), de graduação em agronomia (bolsistas de iniciação científica) e de professores, pesquisadores e estudantes de mestrado e doutorado do Departamento de Agricultura (DAG) e do Departamento de Biologia (DBI) da UFLA.

O objetivo da iniciativa é evitar a extinção dessas espécies, desenvolver estudos sobre suas propriedades e sobre sua preservação, assim como realizar o resgate, a coleta, a manutenção, a propagação e a distribuição de mudas e sementes para produtores rurais. Trata-se de espécies atualmente consumidas por comunidades restritas, geralmente grupos étnicos, como quilombolas e populações rurais. Na maioria das vezes, o consumo só não é maior por falta de oferta no mercado. São hortaliças ricas em minerais, vitaminas, fibras, compostos antioxidantes, entre outros.

O banco de germoplasma de hortaliças não convencionais é formado a partir da coleta das espécies em propriedades rurais, e também por meio de doações de mudas e sementes de outros bancos, como a Epamig e a Embrapa Hortaliças. Em seguida, as espécies serão multiplicadas em campo, em viveiro de mudas ou armazenadas em câmara fria, em forma de sementes. A professora Luciane explica que tem havido um incentivo dos governos estaduais e federal para o resgate desses materiais genéticos, mas o diferencial do banco instalado na UFLA é a inclusão, no projeto, da realização de estudos fitotécnicos, genéticos e análises do valor nutricional de cada espécie, bem como da articulação de formas de disponibilizar estas hortaliças para propagação e consumo da população. “O desenvolvimento das atividades tem sido excelente, atendendo às expectativas, com o material se adaptando muito bem”, avalia Luciane.

A segunda etapa do projeto, já em curso, envolve o estudo de propriedades químicas, nutricionais, genéticas e das características agronômicas, como o manejo técnico e a produção, além do contínuo resgaste de novas espécies e a introdução delas no banco e nas futuras pesquisas. O projeto, que tem o financiamento da Fapemig e do CNPq, seguirá também com outras etapas futuras.

O que é um banco de germoplasma de hortaliças não convencionais?

É uma estrutura científica criada com a finalidade de conservar o patrimônio genético de espécies de hortaliças mais desconhecidas, que estão restritas a algumas regiões ou têm risco de extinção. Essa conservação pode acontecer por meio do cultivo em campo ou por meio de sementes, DNA, tecidos, dentre outros.

Principais espécies encontradas no banco de germoplasma da UFLA 

amarantos (três espécies), araruta, açafrão-da-terra, almeirão-de-árvore, azedinha, beldroega, bertalha, capiçoba, capuchinha, cará-moela, cará-tuberosa, chuchu-de-vento, chicória-do-pará, coentro-japonês, cubiu, gengibre, jacatupé, jambu, labaça, mangarito, maria-gorda, maxixe, melãozinho, mostarda, ora-pro-nóbis arbustivo, ora-pro-nóbis trepador, peixinho, physalis, serralha, taioba, taro, vinagreira-roxa, vinagreira-verde, tomate-de-árvore, entre outras.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA