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Mais do que um ambiente onde estão localizadas empresas de diferentes segmentos, os parques tecnológicos são elos de ligação entre universidade, indústria e poder público, que proporcionam parcerias estratégicas para promover o desenvolvimento econômico e científico da sociedade. Buscando avaliar essa forma de colaboração em parques tecnológicos e como a teoria dos principais estudos sobre governança colaborativa pode ser aplicada na prática, um projeto de pesquisa da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Lavras (FCSA/UFLA), intitulado “Governança colaborativa em Parques Tecnológicos: diretrizes para um modelo de gestão adaptado à realidade brasileira”, realizou uma série de estudos em parques tecnológicos no Brasil.

Segundo o professor do Departamento de Administração Pública Dany Flávio Tonelli, o intuito do projeto de pesquisa foi principalmente “verificar se, na percepção de pessoas envolvidas em parques, ideias como colaboração, confiança, projetos comuns, participações nas decisões, entre outras, são importantes para a qualidade dos resultados alcançados. Além disso, procuramos definir quais desses pressupostos ou diretrizes gerais são mais relevantes para a prática de uma gestão colaborativa. Os resultados são de interesse tanto para formuladores de políticas de ciência, tecnologia e inovação, quanto para profissionais que querem melhorar sua prática de gestão”, explica.

Por meio da aplicação de questionários e entrevistas, análise de documentos e notas de observação, os resultados das pesquisas demonstraram que, embora na visão dos entrevistados os preceitos da governança colaborativa sejam considerados relevantes para o sucesso dos parques tecnológicos, há dificuldades para sua implantação prática. Exemplos disso são a dificuldade de desenvolver espaços formais de colaboração público-privada e a dificuldade de inclusão de atores diversos nos processos decisórios.

O conceito de Parques Tecnológicos surgiu na década de 1930 nos Estados Unidos. Em 1949, foi aberto o Parque Tecnológico da Universidade de Stanford; a partir de então, outras universidades norte-americanas seguiram o exemplo para construir projetos conjuntos e parcerias estratégicas. No Brasil, um levantamento realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) aponta que, nos últimos 10 anos, o número de parques tecnológicos em operação no país saltou de 20 para 55, uma alta de 175% nesse período.

Para o professor Dany, ao fazer uma comparação com parques tecnológicos brasileiros, é possível perceber que alguns deram muito certo, progrediram e geram hoje milhares de empregos, além de alto valor para empresas já instaladas e outras instituições participantes. Um bom exemplo nesse sentido é o Porto Digital, localizado em Recife (PE). Outros parques, no entanto, embora tenham contado com investimentos substanciais, ainda não conseguiram entregar o valor que a sociedade espera, especialmente no que se refere à expectativa criada junto às comunidades locais. A instalação desses empreendimentos normalmente vem com a promessa de que esses espaços se tornem vetores de desenvolvimento na região na qual estão instalados. Para que isso se torne uma realidade, o estabelecimento de um arranjo eficiente de colaboração público-privado é fundamental. “Esperamos que os resultados alcançados nesta linha de pesquisa possam ajudar na compreensão acerca da centralidade que a colaboração tem na gestão de parques tecnológicos. Que atores da universidade, membros das empresas e da sociedade, de forma ampla, percebam que as superações de muitos de seus problemas passam pela criação de sinergias por meio da gestão colaborativa”, completa o professor.

Os resultados do projeto já geraram diversas publicações como “Institutional, inter-organizational, and financial factors in science parks: a study from the perspective of collaborative governance”; “Limites e Possibilidades do Marco Legal da CT&I de 2016 para as Instituições Científicas e Tecnológicas do Brasil”, “ O dissenso entre atores públicos e privados envolvidos em Parques Tecnológicos em operação no Brasil”, “Governança Colaborativa em Parques Tecnológicos: estudo de casos em Minas Gerais”, “Fatores críticos em ecossistemas de inovação: estudo do caso Lavras - MG”, entre outros.

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA