Andressa Aparecida Santana Furtini
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Administração da UFLA
Você acha importante saber lidar com dinheiro? A educação financeira é o caminho para o controle financeiro e abrange a conscientização sobre o impacto no nosso bolso das escolhas que fazemos diariamente, promovendo uma visão crítica em relação a empréstimos, cartões de crédito e investimentos. O objetivo da educação financeira é formar as pessoas para tomar decisões financeiras mais conscientes e alinhadas com seus objetivos de vida.
E o que as chamadas Redes Neurais Artificiais (RNA) têm a ver com isso? As redes neurais são como "cérebros artificiais" em computadores, elas imitam a forma como nosso cérebro funciona, ou seja, através de pequenas unidades que aprendem coisas vendo exemplos e identificando padrões.
Neste contexto, as redes neurais surgem como uma ferramenta metodológica na busca da identificação de tendências e padrões, para fornecer uma avaliação mais profunda do conhecimento sobre a educação financeira, ou seja, entender melhor o quanto as pessoas estão preparadas para lidar com as suas finanças pessoais e tomar decisões financeiras.
Como doutoranda na Universidade Federal de Lavras (UFLA), sob a orientação do professor Doutor Luiz Gonzaga Castro Júnior, desenvolvo uma pesquisa com o objetivo de avaliar a eficácia das redes neurais na identificação de padrões e lacunas no domínio da educação financeira entre estudantes de todo o mundo, utilizando dados do relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).
O relatório do PISA é publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o desempenho de estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências. Tradicionalmente, o foco era nas habilidades acadêmicas convencionais, no entanto, a partir de 2018 a educação financeira começou a ser avaliada, já que o tema vem ganhando cada vez mais espaço no currículo escolar e impacta fortemente na economia dos países.
A pesquisa tem como objetivo não apenas aprimorar a análise da avaliação do desempenho dos estudantes no PISA por meio de redes neurais, mas também lançar luzes sobre o impacto da inclusão da educação financeira no currículo. Isso oferecerá suporte aos formuladores de políticas públicas e às escolas na adaptação de estratégias educacionais, na otimização de recursos físicos e tecnológicos, visando atender de maneira mais eficaz às necessidades dos estudantes. Além disso, a pesquisa visa contribuir para a construção de conhecimento significativo no campo da educação financeira.
Se você trabalha com educação financeira, seja no seu dia a dia, seja com pesquisa sobre o tema, pode entrar em contato comigo para fortalecermos o campo de estudo.
Este artigo foi produzido como parte da disciplina Comunicação Pública da Ciência, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Administração
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