Já imaginou chegar ao mercado e encontrar uma embalagem que possa te mostrar se o produto está apto para o consumo, ou que proporcione um sabor a mais à sua carne enquanto evita a proliferação de microrganismos? E se essas embalagens pudessem ser fabricadas utilizando fontes renováveis e sustentáveis? Você se sentiria melhor ao saber que compra um produto em que há preocupação com o nosso meio ambiente? 

Atualmente, as indústrias têm como principais matérias-primas o papel, o vidro, o plástico e o metal. As embalagens facilitam o transporte, o armazenamento e o consumo, mas seu descarte inadequado pode causar danos ao meio ambiente. A preocupação ambiental e com a segurança alimentar fez surgir no mercado um novo conceito conhecido como Smart Packaging (Embalagem Inteligente) que tem se difundido em todo o mundo.  As embalagens inteligentes trazem consigo a sustentabilidade, pela possibilidade de serem biodegradáveis e utilizarem materiais facilmente encontrados na natureza. Além disso, proporcionam uma experiência sensorial, mostrando, por exemplo, se aquele produto mantém seu sabor e validade. Essas inovações prolongam a vida de prateleira e têm sido um grande campo de pesquisa. “Nós já encontramos no mercado internacional algumas dessas embalagens que trazem consigo uma multidisciplinaridade de áreas”, diz o professor Juliano Elvis de Oliveira, do Departamento de Engenharia da UFLA.

É o futuro das embalagens! Tema destaque da terceira edição da Revista Ciência em Prosa, publicação semestral da Diretoria de Comunicação da UFLA  que visa a popularizar a ciência. No  Minuto do Câmpus, a partir de hoje, você conhece uma série de pesquisas desenvolvidas por vários departamentos da UFLA que revelam uma preocupação com a sustentabilidade, que já é traço marcante da UFLA.

Embalagem com o uso de óleo de Copaíba

 Muito usados nas embalagens, os óleos essenciais trazem diversos benefícios por terem função antibacteriana, anti-inflamatória e conferirem até um sabor a mais ao alimento. No Laboratório de Materiais e Biossistemas do Departamento de Engenharia (DEG), as pesquisas visam a desenvolver embalagens a partir de polímeros biodegradáveis para aplicações nas mais diferentes áreas. No laboratório, é possível avaliar a biodegradação dos materiais seguindo diversas normas técnicas nacionais e internacionais.pesquisadores oleo de copaiba

Uma dessas pesquisas utilizou um polímero natural conhecido como pectina - encontrado na casca de laranja e em outros vegetais – juntamente com o óleo essencial de copaíba para desenvolver filmes biodegradáveis. “Nosso objetivo foi tornar esse filme antimicrobiano, podendo auxiliar na redução de patógenos presentes em alguns tipos de alimentos; porém, queríamos saber se a incorporação dessas nanoestruturas antimicrobianas prejudicaria a ação biodegradável desse filme no meio ambiente”, explica o professor Juliano Elvis de Oliveira.

O projeto de mestrado da estudante de pós-graduação Laís Bruno Norcino foi desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). “Desenvolvemos uma embalagem ativa que vai interagir com o alimento e aumentar sua vida de prateleira. Mesmo adicionando o óleo de copaíba, esse filme permaneceu biodegradável, o que nos levou a ter uma embalagem multifuncional: ativa e biodegradável.” Agora, segundo os pesquisadores, o próximo passo do estudo é a avaliação sensorial do filme em alimentos como carne ou pão. “É importante saber se esse filme seria aceito pelos consumidores”, diz Laís.

Diferença entre os métodos Casting e Extrusão

Desenvolvido pela Embrapa, o método Casting contínuo produz em poucas minutos folhas de plástico biodegradável em larga escala. As películas são feitas com o uso de formulações aquosas de substâncias naturais, como o amido e o colágeno. Já o método de Extrusão é muito comum na indústria e utiliza a compressão feita por uma rosca metálica para produzir filmes plásticos, chapas, sacolas e até alimentos. 

 

Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista - bolsista Dcom/Fapemig

Imagens: Luiz Felipe Souza  - Editor/Dcom   

Edição do Vídeo: Sérgio Augusto - Editor/Dcom e Maik Ferreira  - estagiário  Dcom/UFLA  

Diretrizes para publicação de notícias de pesquisa no Portal da UFLA e Portal da Ciência

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A Comunicação da UFLA, por meio do projeto Núcleo de Divulgação Científica e da Coordenadoria de Divulgação Científica, assumiu o forte compromisso de compartilhar continuamente com a sociedade as pesquisas científicas produzidas na Instituição, bem como outros conteúdos de conhecimento que possam contribuir com a democratização do saber.

Sendo pequeno o número de profissionais na equipe de Comunicação da UFLA; sendo esse órgão envolvido também com todas as outras demandas de comunicação institucional, e considerando que as reportagens de pesquisa exigem um trabalho minucioso de apuração, redação e revisões, não é possível pautar todas as pesquisas em desenvolvimento na UFLA para que figurem no Portal da Ciência e no Portal UFLA. Sendo assim, a seleção de pautas seguirá critérios jornalísticos. Há também periodicidades definidas de publicação.

Todos os estudantes e professores interessados em popularizar o conhecimento e compartilhar suas pesquisas, podem apresentar sugestão e pauta à Comunicação pelo Suporte. As propostas serão analisadas com base nas seguintes premissas:

  • Deve haver tempo hábil para produção dos conteúdos: mínimo de 20 dias corridos antes da data pretendida de publicação. A possibilidade de publicações em prazo inferior a esse será avaliada pela Comunicação.

  • Algumas pautas (pesquisas) podem ser contempladas para publicação no Portal, produção de vídeo para o Youtube, produção de vídeo para Instagram e produção de spot para o quadro Rádio Ciência (veiculação na Rádio Universitária). Outras pautas, a critério das avaliações jornalísticas, poderão ter apenas parte desses produtos, ou somente reportagem no Portal. Outras podem, ainda, ser reservadas para publicação na revista de jornalismo científico Ciência em Prosa.

  • As matérias especiais de pesquisa e com conteúdos completos serão publicadas uma vez por semana.

  • É possível a publicação de notícias sobre pesquisa não só quando finalizadas. Em algumas situações, a pesquisa pode ser noticiada quando é iniciada e também durante seu desenvolvimento.

  • A ordem de publicação das diversas matérias em produção será definida pela Comunicação, considerando tempo decorrido da sugestão de pauta, vínculo do estudo com datas comemorativas e vínculo do estudo com acontecimentos factuais que exijam a publicação em determinado período.

  • O pesquisador que se dispõe a divulgar seus projetos também deve estar disponível para responder dúvidas do público que surgirem após a divulgação, assim como para atendimento à imprensa, caso haja interesse de veículos externos em repercutir a notícia.

  • Os textos são publicados, necessariamente, em linguagem jornalística e seguindo definições do Manual de Redação da Comunicação. O pesquisador deve conferir a exatidão das informações no texto final da matéria e dialogar com o jornalista caso haja necessidade de alterações, de forma a se preservar a linguagem e o formato essenciais ao entendimento do público não especializado.

Sugestões para aperfeiçoamentos neste Portal podem ser encaminhadas para comunicacao@ufla.br.



Plataforma de busca disponibilizada pela PRP para localizar grupos de pesquisa, pesquisadores, projetos e linhas de pesquisa da UFLA